Era uma vez uma menininha. Uma menininha que tinha...hmmm não importa sua idade. Uma menininha bonitinha, de cabelos cor de...bem, não importa a cor dos seus cabelos. Ela tinha olhos.....é também não importa a cor de seus olhos. O que realmente importa era o que esta menininha carregava dentro de seu mundo. Essa menininha da minha história, é a mesma que amava borboletas, filhotinhos de cachorro, lama, árvores e....palavras. Tinha uma grande admiração pelas palavras, o som que elas provocavam, mas principalmente porque era através delas que podia criar uma ponte entre mundo que ela carregava e o mundo que as outras pessoas carregavam dentro delas.
Gostava de declamar palavras sozinha e seu quarto em frente o espelho. Era através das palavras que como numa espécie de magia ela se trasformava em princesa e o espelho, em príncipe.
Era também através das palavras que podia saborear, mastigar idéias. Essa menina sabia que palavras e chocolates eram a mesma coisa.
Certo dia , resolveu demonstrar através das palavras todo o amor e gratidão que sentia por sua mãe. Resolveu então procurar palavras que pudessem expressar aquele mundo enorme.
Procurou embaixo do sofá, dentro da mochila, em cima da geladeira, atrás do fogão.
Embaixo do travesseiro, nas frestas da cortina, na grama verde do vizinho, nos classificados do Estadão.
Em cia da mesa, do lado de lá, junto da poeira debaixo do tapete, nas linhas de sua mão.
Na garrafa térmica, na samabaia da cozinha, no pote de margarina, no escorredor de macarrão.
Dentro do seu bolso, na caixinha de segredos, no seu prato de arroz e feijão, nas cordas do seu violão.
E não encontrou. Ela não encontrou palavras para algo tão grande.
Mãe, não tem palavras.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Snow
Vi nevar a primeira vez. Sai correndo na neve, deixei a neve encostar em mim, a neve que vem do c'eu fresquinha do c'eu encostou em mim. Sozinha, dai eu celebrei com uma taça de vinho olhando a neve da janela do meu apartamento e n'ao conseguia pensar. Eu e Seatle, essa cidade me desaprendeu a pensar. Mas a neve 'e branca, parece algodao e da vontade de rir quando eu vejo neve. A cidade, os carros , as ruas ficaram brancas, tudo branco, tudo estava claro. A neve 'e intensa e toma conta. Meu nome 'e Paula. Paula significa em latim, Pequena. H'a muito tempo atras alguma coisa dentro de mim ficou com medo de ser grande. Uma flor com neve me mostrou que ser grande e tomar conta dos lugares 'e belo e traz muita , muita luz.
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Raisins to immortality
They used to be grapes. Along with time raisins, wines, grapes, human beings. Eternity. Love creates a inteligence, a capacity to watch over, to look, to care. When you love you become immortal.
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
A menina que foi morar com seu pai-parte 1
Apito, macarrao, escada, brigadeiro.
Prometeu mudar o mundo,
ela 'e uma boa menina
Fazia bolo de chocolate pro mar
em troca de uma boa onda
cachorrinho preto na casa do pai
Caf'e da manha na padaria e o
porteiro 'e seu melhor amigo.
Nada que nem peixe, conversa com a janela
'E amiga dos carros da cidade
Prometeu mudar o mundo
Ela 'e uma boa menina
Fingi ser uma princesa enquanto o espelho 'e o principe
conta todos os seus segredos pro seu violao
Le poesia em cima da maquina de lavar roupa com sua ima
Entra correndo na escola pra nao perder a hora
Prometeu mudar o mundo
Ela 'e uma boa menina
Joga volei com suas amigas
Bom dia Glaydson
Pergunta pra mae pra onde a gente vai?
Nao tem medo de errar
Dorme no chao da sala de jantar
morde a grade do berço
Duvida da fada madrinha
e ouve seu pai cantar no quintal
Prometeu mudar o mundo
Ela 'e uma boa menina
Prometeu mudar o mundo,
ela 'e uma boa menina
Fazia bolo de chocolate pro mar
em troca de uma boa onda
cachorrinho preto na casa do pai
Caf'e da manha na padaria e o
porteiro 'e seu melhor amigo.
Nada que nem peixe, conversa com a janela
'E amiga dos carros da cidade
Prometeu mudar o mundo
Ela 'e uma boa menina
Fingi ser uma princesa enquanto o espelho 'e o principe
conta todos os seus segredos pro seu violao
Le poesia em cima da maquina de lavar roupa com sua ima
Entra correndo na escola pra nao perder a hora
Prometeu mudar o mundo
Ela 'e uma boa menina
Joga volei com suas amigas
Bom dia Glaydson
Pergunta pra mae pra onde a gente vai?
Nao tem medo de errar
Dorme no chao da sala de jantar
morde a grade do berço
Duvida da fada madrinha
e ouve seu pai cantar no quintal
Prometeu mudar o mundo
Ela 'e uma boa menina
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Porcelana
Menina porcelana
De pele morena
como a noite
Ela 'e a noite
Nao tem idade
e linda
Linda menina porcelana
No pais das maravilhas
Nao 'e brincadeira nao
O que ela quer ela mostra
Conhece as dores
Onde voce vai? Quero ir com voce
Ela carrega um monte coisas dentro dela
Atras da porcelana
A Via Lactea, um vozeirao
Festas, sexo, amigos, bafons,
Pensa que tem problema?
Nao tem problema pra quem 'e protegida
pela porcelana....
... ..... ..... .......
Alice protegida...
Porcelana
Protege a Alice....
domingo, 21 de setembro de 2008
Da ra ra ra
Suave
Herbie Hancock em Paris eu vi em cima do banheiro, aprendi a ....
nem aprendi.....
so brinquei com fogo e virei o proprio
eu queria que tudo estivesse em mim
Feliz Primavera
Flor
Laranja dentro
Muito bom
tenho o tempo aqui
ou sempre
e moro sozinha na cidade mais incrivel do planeta: Sampa
Herbie Hancock em Paris eu vi em cima do banheiro, aprendi a ....
nem aprendi.....
so brinquei com fogo e virei o proprio
eu queria que tudo estivesse em mim
Feliz Primavera
Flor
Laranja dentro
Muito bom
tenho o tempo aqui
ou sempre
e moro sozinha na cidade mais incrivel do planeta: Sampa
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Renda-me...

Fiz muitas aulas de ballet clássico pra descobrir que o que preciso é dançar de olhos fechados....lutei a vida toda com o meu corpo, uma briga pra ver quem ganhava mas eu não sou só corpo, e o meu corpo é uma menina agora eu pergunto pra ela o que ela quer...e a gente negocia...ontem eu estava no farol e um homem me pediu dinheiro, bateu no meu vidro, um homem que estava mal lavado...e eu queria contar um monte de segredos pra ele mesmo que a cidade estivesse barulhenta, eu queria contar pra ele não sei o quê...eu queria contar pra ele a mesma coisa que conto pro meu violão e que ontem eu segurei o tempo nas minhas mãos...bem na palma da minha mão, ele estava lá, era como uma bola na palma da minha mão... um menino-homem, mais homem que menino, não sai da minha cabeça, e do meu corpo, do meu pensamento e do meu coração porque quando ele me encostou eu perdí a noção de tempo,de ser, de regras...ficou só os olhos e o carinho porque agora eu sei apreciar o prazer ...um menino que eu conheço há muito tempo...desde out there antes de ...antes de eu ser mulher, quando eu era menina ainda...o tempo deu uma volta e a gente se encontrou de novo, eu menina ele homem....e me rendeu por inteira...
e a cidade está linda, um monte de gente quer melhorar...os pontos de ônibus com aquelas mulheres que carregam sacolas das casas das patroas, que carregam filhos, que carregam o tempo...hum...eu não preciso mais de problemas perto de mim pra me sentir maior que eles...
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